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Vida e Morte de um Herói do 13 BC - Capítulo XVIII
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Ecos da Democracia - Pracinhas da FEB desfilam na avenida Rio Branco, centro do Rio de Janeiro, ao regressar da Itália
Da redação/28/4/2022 - 9:17 horas - Com o fim da guerra os integrantes da FEB - Força Expedicionária Brasileira - receberam licença de alguns dias para visita à cidades da Itália. Etelvino Silveira de Souza esteve no Vaticano onde adquiriu a Benção Apostólica e Indulgência Plena para a família, assinada pelo Papa Pio XII (Eugenio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli) e visitou as cidades de Roma e Pompeia, entre outras.
Todas as viagens de transporte de tropas de volta para o Brasil tiveram o mesmo grau de importância, mas foi a primeira viagem com o retorno do 1º Escalão a bordo do General USS General M.C. , um navio de transporte de tropas da Marinha dos Estados Unidos, que ficou marcada na história. Em outubro de 1945, os cinco escalões da FEB já haviam retornado ao Brasil.
O momento da chegada do 1º Escalão ao Rio, em 18 de julho de 1945, é assim descrito pelo site Ecos da Segunda Guerra. "Quando a silhueta do transatlântico militar despontou no horizonte, o mar da Guanabara já estava coberto por dezenas de embarcações de todos os tipos e tamanhos num espontâneo festival de recepção aos heróis que chegavam.
Vapores mercantes de bandeiras amigas, canoas de pobres pescadores e barcos de pescadores ricos, unidades da Marinha de Guerra, lanchas e iates de luxo reuniram-se solidários, para acompanhar o navio que nos devolvia 5300 brasileiros da Força Expedicionária, num regresso triunfal".
A notícia sobre a volta do 1º Escalão contagiou pais e irmãos de Etelvino que passaram a aguardar ansiosamente seu retorno com o desembarque 2º Escalão trazendo o ex-combatente. Os pais de Etelvino, Thomaz Silveira de Souza e Maria Francisca, continuavam suas viagens a pé, durante a noite, à casa de Antonia, irmã de Maia Francisca, para ouvir as notícias no rádio. Por informações contidas nas últimas cartas postadas ainda na Itália, sabiam que o regresso do filho era somente uma questão de tempo.
Maria Francisca passou a viver imaginando o momento da chegada de Etelvino. Com estaria o filho depois de mais de um ano de ausência e cerca de oito meses participando de batalhas na Itália? A ansiedade pelas respostas tornava seus dias mais longos, tempo que a levava a vários pensamentos. Imaginava a emoção de Etelvino ao conhecer seu primogênito já completando o primeiro ano de vida; ao abraçar a esposa e ao conhecer o cunhado, marido de uma de suas irmãs cujo casamento acontecera na sua ausência.
Mesmo executando as inúmeras tarefas diárias da casa e participando em alguns serviços na olaria, Maria Francisca ainda encontrava tempo para com a ajuda dos filhos, plantar e colher milho, feijão, café, aipim e cultivar uma bem cuidada horta. As tarefas que contribuíram para se conformar com a partida do filho, a ajudavam agora a atenuar a ansiedade pela espera.
No próximo capítulo: A chegada do ex-combatente ao lugar de onde partiu na manhã de 29 de abril de 1944. O dia tão esperado havia chegado; abraços, beijos e lágrimas de emoção. Enquanto isso, o destino traiçoeiro que não poupa nem os heróis, tramava contra a felicidade de Etelvino.
Nova postagem na próxima segunda-feira, dia 4 de abril.
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